Toca o despertador, acorda, escova os dentes, toma banho, passa o café. Opa, não sai de casa, não. Liga o computador às 9h, começa o expediente. A nova rotina imposta pela pandemia da COVID-19 tem trazido à tona muitas questões, e realçado o desafio do networking – sem nesta análise olhar para o crescente número de mortes e outras questões básicas, claro, que deprimem e chocam diariamente.
Em uma agência de comunicação, as relações entre os pares, grupos, criatividade coletiva e aquele cafezinho no meio da tarde com o colega da outra equipe fazem a diferença. A roda gira quando trocamos. No isolamento, a tecnologia até deu um belo jeito de toda essa mecânica não se perder, mas acontece em outro formato e é necessário adaptar, olhar de outra perspectiva.
Em casa, a energia é a da casa, a do lar, a da família, mesmo quando estamos no escritório. Nesta configuração, a energia nos faz ser mais CPF do que CNPJ, na essência, criando outro desafio do networking. A criança chora durante a reunião pelo Skype, a conexão cai, o Zoom não abre e todos passam a ser mais iguais na troca.
Mas quando a reunião termina é conosco mesmo o primeiro contato. Na hora do aperto, a mensagem do WhatsApp demora mais para chegar do que olhar para o colega e pedir por uma opinião. O e-mail sozinho não é a mesma coisa que a sala de reunião para um brainstorming ou fecharmos juntos aquele PPT para amanhã.
No isolamento, estamos sozinhos! E não há mal algum nisso. Pelo contrário. Conversar conosco mesmos e “quebrar a cabeça” sozinhos para encontrar soluções é um grande exercício. É uma oportunidade de enxergarmos e reconhecermos, inclusive e principalmente, os próprios valores.
Permito-me aqui elencar alguns momentos onde tornei o desafio do networking em oportunidade para mim mesmo nos últimos 100 dias:
Essas e tantas outras oportunidades estão nos sendo oferecidas neste período atípico que a humanidade vive. Proponho-nos um exercício constante: “Olhe para si e inspire-se no seu melhor!”, como disse um grande amigo ao comentarmos tudo isso que estamos vivendo em 2020.
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