Previous Page  19 / 52 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 19 / 52 Next Page
Page Background

REVISTA SOBED

janeiro/março 2016

19

©

SOBED

/ Arquivo

Hospitalar da Universidade Federal do Cea-

rá, que inclui o Hospital Universitário Walter

Cantídio (HUWC) e a Maternidade Escola

Assis Chateaubriand (MEAC). É cirurgião do

Hospital Geral de Fortaleza (HGF), institui-

ção da qual foi diretor-geral durante a gestão

do ex-governador Lúcio Alcântara (2003-

2006). Foi vice-presidente regional norte-

-nordeste da AMB e presidente da Associação

Médica Cearense por três gestões, de 1999

a 2005 e de 2008 a 2011. Foi eleito presi-

dente da AMB em 2011, tendo sido reeleito

em 2014 para a gestão 2014/2017. Casado e

pai de três filhos, o presidente da AMB reside

atualmente em Fortaleza (CE).

Em seu discurso na cerimônia de abertu-

ra, o especialista relacionou o cenário atual

da política brasileira com o cenário da saúde

pública e privada. Após o evento, conversa-

mos com ele sobre o assunto. Confira:

O senhor falou na abertura sobre a questão

política no País e como isso envolve a medicina.

Fale mais sobre o assunto.

Florentino de Araújo Cardoso Filho –

Os médicos trabalham e estudam muito,

restando pouco tempo para se dedicar a

outras atividades, embora tenham incen-

tivos para ter qualidade de vida. No entan-

to, por causa dessa atividade intensa, do

ponto de vista médico, nos distanciamos

muito dos fatos impactantes que aconte-

cem em nosso País. Mas isso aos poucos

está mudando, finalmente. Os médicos

estão começando a enxergar e a perce-

ber de alguma maneira e contribuir com

algum envolvimento. Isso é importante

porque as decisões passam certamente

pela política, pelo Congresso Nacional.

Não tenho aptidão para política partidá-

ria, inclusive não gosto. Mas, quem tiver,

é importante desenvolver tal capacidade

para procurar mudar o cenário atual, que

assola o País e faz o povo sofrer. Clara-

mente estamos em um cenário decadente,

então precisamos mudar tudo. O Brasil é

a nossa pátria e devemos fazer tudo o que

for possível para melhorá-la. O que cos-

tumamos dizer é que os médicos devem

conversar cada vez mais com seus pacien-

tes para, principalmente, mostrar que o

médico está ali, à disposição do doente

e querendo resolver seus problemas. Um

exame que é solicitado e acaba demoran-

do não é culpa do médico. Um paciente

na fila para um procedimento não é uma

responsabilidade única do médico. Existe

Florentino Cardoso

Filho, presidente da

AMB desde 2010