Atenção Básica - Vol.I

O GERENCIAMENTO DE CONFLITOS E O CUIDADO EM SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA NAS UNIDADES PRISIONAIS DE FRANCO DA ROCHA Autores: Letícia Rocha de Miranda, Priscila Fernanda Rodrigues de Araújo, Alessandra Maria Rocha de Miranda Instituição: MUNICÍPIO DE FRANCO DA ROCHA Município: Franco da Rocha CIR: Franco da Rocha Endereço: Avenida Liberdade Telefone: 48001905 Celular: 941276868 Email: maria.reina@francodarocha.sp.gov.br INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA O papel dos agentes de segurança penitenciária (ASP) e seu compromisso com o acesso dos detentos aos serviços de saúde são essenciais para a melhoria das ações de controle da tuberculose, HIV/AIDS, ISTs e outras doenças infectocontagiosa. Nesse contexto notou-se a necessidade de mudanças no conteúdo e na forma de pensar e fazer saúde, que se expressou na ampliação desse conceito e no avanço da consciência sanitária dos ASP sobre os problemas de saúde, seus condicionantes, e as lutas por sua transformação da saúde dos detentos, seus contatos (especialmente familiares e pessoal penitenciário). Quando as equipes de saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e dentistas) iniciaram suas atividades nas cinco unidades prisionais de Franco da Rocha, em fevereiro de 2015, tínhamos muitos problemas quanto a aceitação do cuidado em saúde por parte dos ASP, como: reeducandos sintomáticos respiratórios de Tuberculose com dificuldade de acesso a enfermaria; reeducandos com casos de ISTs e outras doenças com dificuldade de acesso a enfermaria; cancelamento ou redução no atendimento dos reeducandos agendados para consulta Médica e Odontológica; e, por fim e mais intensamente notadas, expressões e falas como “Esses presos tem que morrer mesmo!”. Devido a essas dificuldades iniciou-se o desenvolvimento de estratégias para conscientizar a equipe de segurança quanto a importância dos atendimentos e ações em saúde para os privados de liberdade, considerando que a falta de cuidado com os reeducandos poderia gerar a disseminação de doenças não somente entre eles mas também para seus familiares (momentos da visitas) e trabalhadores do próprio sistema penitenciário. OBJETIVOS Garantir uma aproximação e entendimento entre as equipes de saúde e de segurança, das unidades prisionais, a fim de conscientizar e desenvolver ações e entendimento sobre um cuidado em saúde mais humanizado e com qualidade para os privados de liberdade. METODOLOGIA Após o levantamento dos problemas que as equipes de saúde tinhamcomas equipes de segurança, no ano de 2015, foram organizadas reuniões com as diretoras de saúde de cada unidade prisional para apresentação da situação e elaboração de medidas de ajustes nos trabalhos. Decidiu-se que havia a necessidade de conscientização da equipe de segurança quanto a humanização do serviço e a importância da prevenção antes do desenvolvimento das doenças. Desenvolveram-se, assim, desde 2017, palestras educativas e ações para equipe de segurança sobre doenças contagiosas ATENÇÃO BÁSICA 171

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