Atenção Básica - Vol.I

para integrar a equipe da atenção básica, e em 2019, o NASF foi ampliado no município com a inserção de 5 profissionais farmacêuticos, que se dividem em mais de uma unidade. A atuação do farmacêutico na assistência e gerência de forma simultânea, levou a uma alteração na lógica da equipe de farmacêuticos, e da unidade básica, para que o profissional pudesse participar e se integrar a equipe multidisciplinar, contribuir com suas experiências e compreender o seu papel dentro da equipe do NASF. A incorporação do farmacêutico na equipe NASF, estabeleceu novo olhar na compreensão do processo saúde-doença, pois com o trabalho em equipe e interdisciplinar, a troca de saberes valoriza as ações diante do indivíduo e seus agravos. A equipe NASF se reunia mensalmente para discutir a implantação e organização do processo de trabalho, e através destes encontros, dificuldades surgiram diante da perspectiva de trabalho do farmacêutico e a realidade das unidades. Atualmente, os profissionais conseguiram ajustar sua lógica de trabalho na unidade, pra que, além da responsabilidade técnica na unidade frente a dispensação, requisição de medicamentos para abastecimento e toda a burocracia administrativa da farmácia, atuarem nos grupos de orientação das unidades, e participar das reuniões de equipe para matriciamento, discussão de caso e orientação das equipes e relação ao trabalho do profissional farmacêutico e da equipe. Na equipe NASF, o farmacêutico, seguindo o contexto da Atenção Básica, consegue vislumbrar a problemática do paciente diante da medicalização, como as dificuldades de acesso, a falta de conhecimento sobre o medicamento, e através da prática da atenção farmacêutica, promove o acolhimento para compreender a dificuldade do usuário em relação ao seu medicamento e ao tratamento. A participação dos farmacêuticos dentro dos grupos de educação em saúde como o tabagismo, hipertensão, diabetes, gestantes e saúde mental visa o aconselhamento sobre o medicamento que dispensa, objetivando o uso racional de medicamento, otimizando a farmacoterapia efetiva, identificação de problemas relacionados ao medicamento, diminuição dos riscos ao utilizar medicamento, diminuir a automedicação, identificar e possíveis interações medicamentosas, auxiliar no manejo de produtos e fatores inerentes individuais. Percebe-se nas unidades, que os profissionais e pacientes já aceitaram o farmacêutico como parte da equipe e vem requisitando com frequência a presença do profissional para ter orientação e esclarecer dúvidas em relação ao uso de medicamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS O farmacêutico na equipe NASF para atuar de forma efetiva, precisa de uma visão integral do indivíduo e de equipe multidisciplinar, uma vez que a lógica de trabalho do NASF, é voltada para o indivíduo com sua integralidade e não apenas no tratamento medicamentoso. A participação em grupos de orientação e reuniões de equipe, permite conhecer do trabalho do profissional, que vai muito além da dispensação de medicamentos e controle de estoque. A inserção do farmacêutico como membro da equipe proporciona a troca de saberes, para compor a lógica de trabalho possível, dentro de seu território. ATENÇÃO BÁSICA 200

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