RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ENFERMEIRO NA COORDENAÇÃO DE UM GRUPO DE TABAGISMO Autores: Fernanda De Alcantara Savignano Frazão, Luciano Prata Instituição: Prefeitura Municipal De Barueri Município: Barueri Cir: Rota Endereço: Rua Adelino Cardana Telefone: 41631049 Celular: 967892834 Email: Saude.vsservicosaude@barueri.sp.gov.br INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA O tabagismo é um grave problema de saúde, que diminui a expectativa e qualidade de vida, gera comorbidades, gastos excessivos para o fumante e para o sistema de saúde, além de óbitos. Poucos pacientes conseguem parar por si só, e aqueles que conseguem, se mantêm abstinentes por certo período. Foi realizado um diagnóstico situacional da ubs armando gonçalves de freitas, em barueri, e optou-se pela abordagem ao tabagismo, já que é um agravo com alta prevalência de usuáriosde tabacoquebuscamoserviçocomdesejodecessar ouso. É importante instrumentalizar as possibilidades da concepção do tabagismo nas ubs. OBJETIVOS Compreender a experiência do enfermeiro na coordenação de um grupo de tabagismo, e instrumentalizar as possibilidades da concepção do tabagismo no contexto local apostando na escuta qualificada e na abordagem que estimula o mergulho emocional. METODOLOGIA Constituiu-se um grupo de tabagismo, formado por uma equipe multidisciplinar e capacitada, sendo um enfermeiro, um técnico de enfermagem, um dentista, um psicólogo, um clínico geral e uma terapeuta ocupacional, além de outros profissionais convidados, como nutricionista e fonoaudiólogo. Todos os processos são coordenados pelo enfermeiro, já que esse possui algumas características intrínsecas à sua formação, como educador, multiplicador e líder. É considerado um grupo fechado, que ocorre três vezes durante o ano, com duração de três meses cada. É composto por 15 a 20 pacientes, e seus integrantes possuem um lugar cativo, sendo insubstituível, caso haja desistência. Primeiramente, ocorrem entrevistas que tem como objetivos traçar o grau de motivação e dependência; avaliar o cotidiano do paciente com o tabagismo; identificar problemas sociais, físicos e psicológicos; referenciar se necessário; incentivar a redução progressiva do consumo; identificar contraindicação medicamentosa; e razões para continuar ou vencer o consumo de tabaco. Após, todos os pacientes são submetidos à anamnese clínica; e, posteriormente, seguem um cronograma baseado em 8 encontros semanais presenciais. A metodologia utilizada nos encontros é a escuta qualificada, apostando na abordagem que estimula o mergulho emocional, e baseando-se num instrumento norteador que contém reflexões sobre as dependências física, química, psicológica e comportamental causadas pelo uso do tabaco. No 1º encontro, apresenta-se a fisiopatologia do tabaco, esclarecem-se as regras a serem seguidas, é fornecida uma devolutiva das entrevistas, e estipula-se uma data e método de escolha para cessação do tabaco, assinando um termo de responsabilidade. No 2º encontro, retoma-se o conhecimento sobre a dependência; em posse da cessação do tabaco, a equipe multiprofissional e ATENÇÃO BÁSICA 29
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