Atenção Básica - Vol.I

especiais e esclarecer, de modo simples e ilustrativo, os pontos mais comuns do cuidado no domicilio, estimular o envolvimento da família, da equipe de saúde e da comunidade nos cuidados, e promover melhor qualidade de vida do cuidador e da pessoa cuidada. RESULTADOS A cartilha foi elaborada considerando as situações mais comuns no processo saúde-doença do idoso e seu cuidador e nas atividades diárias que promovem qualidade de vida à ambos. Nos capítulos sobre problemas de memória e tontura, foram discutidas questões como a utilização de medicamentos e atividades que auxiliam no controle dos sintomas. Já o capítulo sobre prevenção de quedas abordou a importância do ambiente seguro, uma vez que 30% dos idosos entrevistados sofreram quedas no último ano, número alarmante já que as quedas são fatores de risco para fraturas, muitas com necessidade de abordagem cirúrgica e com isso há um aumento da morbimortalidade do idoso com impacto na sua qualidade de vida. Sobre nutrição do idoso, a cartilha trouxe a importância de uma alimentação equilibrada para prevenção problemas digestivos e a desnutrição, apenas 50% dos entrevistados consumiam legumes e frutas na sua dieta. Ademais, a saúde bucal necessitou de um espaço, pois, apenas 37% dos entrevistados afirmaram realizar a higiene oral e 55% usam próteses dentárias. Sobre conviver e cuidar com alegria, a cartilha abordou os desafios diários enfrentados pelo cuidador, tanto no contexto físico como emocional, já que 80% dos idosos entrevistados possuíam cuidador, sendo que 72% deles eram pessoas da família que dividiam suas tarefas de vida pessoal com a arte de cuidar, e apenas 7,8% contratados com vínculo formal. Inevitavelmente a morte e o luto são parte do contexto de cuidar de alguém, principalmente de idoso. Sendo assim, abordamos na cartilha esse tema, entendendo a relevância da questão e necessidade de se conversar e trabalhar esta questão na Atenção Básica. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presença do cuidador informal nos lares tem sido frequente, um membro da família assume o papel de cuidar, surge então a necessidade de orientá-lo para o cuidado. Cabe ressaltar que o cuidado no domicílio proporciona o convívio familiar, diminui o tempo de internação hospitalar e, dessa forma, reduz as complicações decorrentes de longas internações hospitalares, que costumam ser mais longas quando não há cuidado adequado em domicílio. Ao cuidador atento, cabe a recomendação de levar rapidamente o idoso aos profissionais de saúde ao menor sinal de problemas, não medicar sem a orientação profissional e conhecer mais a fundo o alvo de seu cuidado. ATENÇÃO BÁSICA 76

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