Atenção Básica - Vol.I

RESULTADOS Todas (n 51) as gestantes que participaram do estudo realizavam pré natal na APS e consideravam importante conhecer a maternidade antes do parto. Todas as gestantes (100%) que participaram das atividades mencionaram à maternidade municipal como a primeira escolha para o local do parto. Ressaltaram acolhimento, segurança e receber orientações sobre o parto como critérios que as influenciaram na decisão. Os resultados a seguir mostram que durante o período do estudo a unidade acompanhou um n: 166 (100%) gestantes, considerando todas as idades gestacionais. Foi oferecido para todas, em consultas com a enfermeira à possibilidade de visitar a maternidade do município antes do parto. Sendo que n: 51 (30%) compareceram para realização de visita e ou fotos. Dentre essas n: 24 (14,45%) realizaram somente visita e n: 41 (24,69%) realizaram somente fotos. Em relação à idade, as participantes tinham entre 15 a 39 anos, com predomínio na faixa etária de 21 a 30 anos n: 29 (56.86%). Sobre o local de nascimento, n: 20 (39,21%) tiveram partos na maternidade municipal onde realizou a visita, 07 (13,72%) encontravam-se gestantes no período do estudo, n: 2 (3,92%) nasceramemhospitais privados e n: 22 (43%) tiverampartos emmaternidades dos hospitais da região por mudança na avaliação de risco durante o pré natal. Em relação ao tipo de parto n: 31 (60,78%) foram partos naturais, n: 13 (25,49) partos cesáreas e n: 7(13,72%) estavam grávidas no período de encerramento do estudo. Os resultados da pesquisa indica uma baixa taxa de aderência das gestantes às visitas à maternidade antes do parto, tais dados se assemelham a outro estudo no Brasil 4. O estudo apresenta limitações por não aprofundar os indicadores para caracterizar os perfis das gestantes que não aderiram ao projeto, com por exemplos: locais de partos anteriores, distância até a maternidade, se já conheciam a maternidade e disponibilidade de tempo. CONSIDERAÇÕES FINAIS A experiência destaca que o incentivo à visita à maternidade não foi determinante para uma alta taxa de adesão, no entanto, as participantes do estudo relataram que se sentiram mais seguras, pois, propicia conhecimento dos direitos, dos fluxos do atendimentos, esclarecimentos dos mitos, conforto e acolhimento. O que indica uma urgência em reformular o modelo de atenção ao pré natal, parto e nascimento, tendo em vista que ampliar o acesso à visita à maternidade antes do parto, tem relevância científica e é indicada como boa prática pela OMS. Referências Bibliográficas 1. Brasil. Lei No 11.634, de 27 de Dezembro de 2007. Dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 27 de dez de 2007. Seção 1, p.1. 2 Organização Mundial da Saúde. Assistência ao Parto Normal: um guia prático. Genebra: OMS; 2000. p.93. 3 Manual de Rede Cegonha. Monitoramento e avaliação de processos, metas com base nas diretrizes e indicadores da rede cegonha. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. 4 Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde. Saúde Brasil 2010: uma análise da situação de saúde e de evidências selecionadas de impacto de ações de vigilância em saúde. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde; 2011. ATENÇÃO BÁSICA 153

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