Atenção Básica - Vol.I

TERRITÓRIO VIVO: GRUPO CUCA-FRESCA Autores: Letícia Rosa da Silva, Wayla Viana Costa Instituição: Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes Município: Embu das Artes CIR: Mananciais Endereço: Rua Andronico dos Prazeres Gonçalves Telefone: 47853531 Celular: 988652111 Email: financeiro.saude@embudasartes.sp.gov.br INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA Desde os princípios dos tempos, o homem sempre buscou o território como seu local de refugio e sobrevivência, locais com água perto, com bastante verde e abundancia de caça, nesse período o homem era nômade, assim que acabavam os recursos daquele território, buscava outro. Com a descoberta do fogo, o homem aos poucos foi se fixando, surgiram as primeiras comunidades. Segundo Batistella (2004, p. 29) durante o período paleolítico, a descoberta e o domínio do fogo juntamente com o desenvolvimento da linguagem rudimentar favoreceram o desenvolvimento de sociedades comunais, que indicavam certo nível de organização entre os homens primitivos. Com a concentração de várias pessoas no mesmo lugar começaram a aparecer os primeiros problemas de adoecimento, Hipócrates no ano de (460-377 A.C) já sustentava em sua teoria que o processo saúde-doença estava ligado ao equilíbrio entre o homem e o meio em que vive. “partindo das observações das funções do organismo e suas relações com o meio natural (periodicidade das chuvas, ventos, calor ou frio) e social (trabalho, moradia, posição social, etc.)”. (BATISTELLA, 2004, p. 32). A relação do homem esta interligada ao território, não apenas como uma delimitação geográfica, mas uma junção entre o ambiente, suas relações sociais e comunitárias. No Brasil, o serviço que por sua vez atende todas as pessoas dentro do território na esfera da saúde, são as Unidades Básicas de saúde, estas por sua vez desenvolvem seu trabalho dentro das comunidades, “a atenção Básica tem contribuições nesse campo, sobretudo por meio de tecnologias leves e intervenções que possibilitem a configuração/desconfiguração/reconfiguração dos territórios existenciais individuais e coletivos”. (BRASIL, 2013, p. 34). O processo de conhecer o território, suas dificuldades e potencialidades, por parte dos trabalhadores da saúde e a rede local corrobora com a noção de território-vivo, de Milton Santos, que considera as relações sociais e as dinâmicas de poder que configuram os territórios como lugares que tomam uma conotação também subjetiva. Na Saúde também utiliza-se a concepção de territórios existenciais de Guattari (1990). Os territórios existenciais, que podem ser individuais ou de grupo, representam espaços e processos de circulação das subjetividades, das pessoas. (BRASIL, 2013, p. 34). O território Vivo em questão que trataremos a seguir é atendido pela Unidade Básica de Saúde - Santo Eduardo localizada no Município de Embu das Artes. Através de levantamento de demandas trabalho organizado entre gestor, agentes comunitários da Unidade Básica de Saúde Santo Eduardo, assistente social do CAPS II – Adulto e Enfermeira do CAPS – AD de Embu das Artes, surgiu o grupo Cuca- Fresca. OBJETIVOS O objetivo do grupo Cuca – Fresca é de criar estratégias de cuidado, para serem implementadas neste território. O grupo foi elaborado na perspectiva de trabalhar abordagens de qualidade de vida, fortalecimento de vínculos entre a Unidade Básica de Saúde – Santo Eduardo e os usurários que são referencia desse território. ATENÇÃO BÁSICA 154

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