direcionado e individualizado. Ao verificar como exemplo a unidade prisional, Penitenciária Nilton Silva II, tem-se como uma das rotinas ambulatoriais a busca ativa para sintomáticos respiratórios, que consiste em um conjunto de questionamentos sobre a saúde do reeducando, tais como, a existência ou não de febre vespertina, perda de apetite, emagrecimento acentuado, e tosse a mais de 2 semanas. Quando há sinalização desses fatores, é solicitado pela equipe de saúde a coleta do escarro, para a realização da bacisloscopia, e exame de Raio-X torácico para a confirmação. Caso positivo, o paciente é orientado sobre todos os aspectos da doença, e o tratamento é iniciado com as medicações conhecidas como COXCIP, Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, e Etambutol. Está fase do tratamento tem duração de dois meses. A segunda fase, com duração de 4 meses, é seguida com a utilização da Rifampicina e Isoniazida. Devido à dificuldade e peculiaridade do sistema prisional, as doses não são entregues diariamente, sendo essas adquiridas na enfermaria semanalmente. Este protocolo visa a maior segurança do complexo penal, por haver uma menor movimentação do apenado, e traz o benefício do auto cuidado com relação ao regime terapêutico, fazendo com que o mesmo se sinta valorizado, e tenha uma melhor adesão e aceitação ao tratamento. Assim sendo, o paciente faz o uso das medicações em sua cela, e retorna uma vez por semana para orientações de rotina, verificação de peso, esclarecimento de dúvidas, e entrega dos antibióticos para uma semana. Durante o tratamento o paciente, além de comparecer semanalmente na enfermaria, temconsultas regulares comomédico que está acompanhando seu caso, é deve também realizar a coleta do escarro mensalmente até o término do tratamento, para que a aja a verificação do estado bacilar em seu organismo. Durante a observação dos autores deste trabalho, verificou-se que dentre todos pacientes tratados para tuberculose, identificados através de busca ativa, ou que tenha sido admitido já com a doença, não houve neste período de mais de três anos o registro de causa morte ligada à tuberculose. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho verificou-se que com a implementação do atendimento de saúde especializada dentro da Penitenciária Nilton Silva II, através da parceria da Prefeitura Municipal de Franco da Rocha e o Governo do Estado de São Paulo, houve uma expressiva melhora no tratamento da tuberculose, principalmente com relação a taxa de óbitos anual. Considera-se, assim, que os processos de identificação, atenção e tratamento direcionado aos pacientes influenciam diretamente no sucesso da cura da tuberculose. ATENÇÃO BÁSICA 186
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